Gestão de risco em finanças corporativas
A gestão de riscos, no domínio das finanças, desempenha um papel na garantia do bem-estar financeiro e do sucesso a longo prazo de uma empresa. Abrange o processo de identificação, avaliação e classificação de potenciais riscos financeiros, seguido de ações para diminuir ou preparar os seus efeitos. A gestão proficiente de riscos capacita as empresas a navegar pelas incertezas nas escolhas de investimento, proteger os ativos e manter a estabilidade.
O setor financeiro está repleto de riscos, como flutuações de mercado, vulnerabilidades de crédito, restrições de fluxo de caixa e falhas operacionais. As organizações utilizam práticas de gestão de riscos para antecipar e se preparar para essas ocorrências, diminuindo assim as chances de dificuldades. Isto envolve a vigilância da paisagem, a avaliação de possíveis ameaças e a implementação de medidas adequadas de mitigação de riscos.
O rescaldo da crise financeira global de 2008 sublinhou a importância dos quadros de gestão de risco. Desde então, as autoridades reguladoras têm sublinhado a importância de as instituições financeiras melhorarem os seus processos de gestão de risco. Ao adoptarem abordagens de gestão de risco, os estabelecimentos financeiros não aderem às normas regulamentares, mas também se posicionam para capitalizar as perspectivas de crescimento, minimizando potenciais contratempos.
Fundamentos de gerenciamento de risco
A manutenção da estabilidade e da rentabilidade das instituições depende fortemente da gestão de riscos. Este processo crucial envolve identificar, analisar e priorizar riscos, como risco de crédito, risco de mercado e risco operacional de uma forma. Ao utilizar ferramentas e metodologias de avaliação de risco, as instituições podem compreender a sua exposição a diferentes riscos.
Isto permite-lhes conceber estratégias para mitigar ou transferir riscos, diversificando as suas carteiras, implementando controlos internos e investindo em cobertura de seguros. Além disso, uma gestão de riscos bem-sucedida exige monitorização e ajustamento de estratégias em resposta à evolução das condições de mercado e aos riscos emergentes. As instituições financeiras precisam de fomentar uma cultura de sensibilização para os riscos e promover a identificação de riscos a todos os níveis.
Os testes de esforço regulares e a análise de cenários desempenham um papel importante para ajudar as instituições a prepararem-se para eventos e a garantirem que mantêm reservas de capital suficientes. Ao adotar uma abordagem proativa, as instituições financeiras de gestão de risco podem proteger os seus ativos e defender a confiança dos clientes. Alcançar rentabilidade sustentável.
Identificando Fatores de Risco
Na gestão de riscos, a fase inicial envolve identificar todos os riscos que uma organização financeira pode encontrar. Esses riscos abrangem tipos como riscos de crédito, de mercado, operacionais, de liquidez e de reputação. Além disso, as instituições precisam de reconhecer factores, como crises, mudanças regulamentares e ocorrências geopolíticas.
O risco de inadimplência do mutuário refere-se à perda resultante da incapacidade do mutuário de reembolsar um empréstimo ou cumprir compromissos contratuais. O risco de mercado implica a possibilidade de quedas de investimento, até flutuações no mercado. O risco operacional envolve a possibilidade de contratempos decorrentes de procedimentos internos, pessoal e tecnologias mal sucedidos. O risco de liquidez refere-se à incapacidade de executar transações devido ao fluxo de caixa. Risco reputacional significa dano à imagem de uma empresa que pode resultar em repercussões.
Analisando e Priorizando Riscos
Uma vez concluído o processo de identificação, as instituições financeiras precisam examinar e avaliar a probabilidade e as consequências potenciais de cada risco. Eles utilizam técnicas como modelos para avaliar a gravidade de cada risco.
Quando se trata de priorizar riscos, eles consideram:
- Com que frequência o risco acontece?
- Que nível de perda está envolvido?
- Quão gerenciável ou redutível é o risco?
Depois de realizar uma análise, as instituições podem priorizar os riscos, concentrando-se naqueles que têm maior probabilidade de ocorrer e têm maior impacto. Isto permite-lhes alocar recursos de forma eficiente, no sentido de monitorizar e resolver estas preocupações.
Estratégias para Mitigação de Riscos
No mundo das empresas financeiras, as empresas utilizam métodos para gerir riscos e manter o seu bem-estar e estabilidade geral. Uma prática comum é a cobertura, em que as empresas utilizam ferramentas, como derivados, para contrabalançar as perdas causadas pelas flutuações do mercado. Por exemplo, uma empresa pode recorrer a contratos a prazo cambiais para cobrir alterações nas taxas de câmbio ou swaps de taxas de juro para lidar com o risco associado à flutuação das taxas de juro.
Através da cobertura, as empresas podem garantir fluxos de caixa e salvaguardar as suas margens de lucro. Outra tática é a diversificação, que envolve a distribuição do risco entre ativos, mercados ou segmentos de negócios. Ao diversificar as suas carteiras de investimento, as empresas podem diminuir a sua exposição a qualquer factor de risco. Aumentar potencialmente os retornos.
Além disso, as empresas estabelecem frequentemente controlos e procedimentos de conformidade para fazer face aos riscos operacionais e regulamentares. Isto pode incluir auditorias, avaliações de risco e iniciativas de formação destinadas a garantir que os funcionários conhecem e cumprem as regras da empresa. Ao implementar estas estratégias juntamente com outras destinadas a mitigar riscos, as empresas podem reduzir contratempos. Mantenha a estabilidade, para o sucesso a longo prazo.
Transferência de Risco
A transferência de risco envolve transferir o risco potencial para um terceiro. As empresas costumam usar apólices de seguro para transferir o impacto financeiro de riscos como danos materiais, responsabilidade legal e outras perdas. Para riscos de mercado específicos, são utilizados instrumentos financeiros, como derivados, quando uma parte concorda em suportar o risco mediante o pagamento de uma taxa.
Prevenção de riscos
Evitar riscos é a escolha de evitar atividades que possam potencialmente aumentar a exposição ao risco. As empresas podem optar por não entrar em mercados com elevada volatilidade ou ambientes regulatórios incertos. Esta estratégia conservadora visa eliminar totalmente o risco, mas também pode levar à perda de oportunidades.
Redução de risco
A redução de risco engloba estratégias que visam diminuir a probabilidade de ocorrência de um evento de risco ou limitar as suas repercussões financeiras. As empresas conseguem isso através da diversificação de investimentos, da melhoria dos processos operacionais e da reserva de reservas financeiras. Auditorias regulares e o seguimento das melhores práticas de gestão financeira são componentes integrantes da redução de riscos.
Instrumentos Financeiros na Gestão de Riscos
As ferramentas financeiras desempenham um papel importante no domínio das finanças, servindo como instrumentos essenciais para a gestão de uma série de riscos, tais como flutuações de mercado, incertezas de crédito e desafios de liquidez. As empresas utilizam derivados como opções, futuros e swaps para se protegerem contra alterações nas taxas de juro, valores cambiais e preços de mercadorias.
Esta prática ajuda a estabilizar os fluxos de caixa e a salvaguardar as margens de lucro. Além disso, os credit default swaps são utilizados para transferir os riscos de crédito, enquanto os acordos de recompra (repos) e o papel comercial servem como meios para o financiamento de curto prazo gerir as necessidades de liquidez. Ao utilizar uma combinação de instrumentos adaptados aos seus perfis de risco, as empresas podem mitigar eficazmente os riscos e reforçar a estabilidade financeira no contexto dinâmico do mercado.
A prazo e futuros
Contratos, como contratos a termo e futuros, são usados para comprar ou vender ativos a um preço em uma data para se proteger contra mudanças de preço. Embora os contratos a termo sejam acordos personalizados entre as partes, os contratos futuros o são. Negociado em bolsas.
Avançados:
- Personalizado e não padronizado;
- Sem liquidação diária.
Futuros:
- Padronizado e negociado em bolsas;
- Liquidação diária através de marcação, para cálculos de mercado.
Opções
As opções concedem ao comprador o direito, mas não a obrigação, de comprar (opção de compra) ou vender (opção de venda) um ativo subjacente a um preço acordado dentro de um determinado período ou em uma data específica. Estes instrumentos permitem a gestão estratégica do risco e são valorizados pela sua flexibilidade e potencial de alavancagem.
Opções de chamada: Direito de comprar um ativo.
- Preço de exercício: Preço pactuado;
- Prêmio: Custo da opção.
Opções de venda: Direito de vender um ativo.
- Cobertura: Garante contra quedas de preços.
Trocas
Swaps são acordos entre duas partes para trocar fluxos de caixa ou instrumentos financeiros durante um determinado período. Eles são predominantes para gerenciar o risco de taxa de juros e o risco cambial, sendo os swaps de taxas de juros e os swaps cambiais os tipos mais comuns.
- Swaps de taxas de juros:
- Fixo para taxa flutuante: Normalmente trocado para gerenciar alterações nas taxas de juros.
- Principal Nocional: O valor usado para calcular os pagamentos; não trocado.
- Trocas de moeda:
- Diferentes moedas trocadas: Útil para empresas internacionais que gerenciam risco cambial.
- Pagamentos de principal e juros: Swap entre partes, em contraste com o principal nocional em swaps de taxas de juros.
Monitoramento e Relatórios
O monitoramento e os relatórios desempenham um papel nas finanças, gerenciando eficazmente os riscos, garantindo que a exposição da empresa ao risco permaneça dentro de limites aceitáveis e implementando as medidas necessárias para lidar com riscos potenciais. Além disso, esses procedimentos proporcionam transparência às partes interessadas sobre os esforços de gestão de riscos da empresa.
Controles internos
As organizações implementam controles para manter a precisão dos dados contábeis, promover a responsabilização e impedir atividades fraudulentas. No domínio da gestão de riscos, os controles internos servem a propósitos;
- Detecção e Prevenção; Estes sistemas ajudam a reconhecer e impedir erros ou irregularidades;
- Eficiência; Eles são elaborados para garantir que as operações ocorram sem problemas e que os ativos sejam adequadamente protegidos;
- Conformidade; Garantir a adesão às leis, regulamentos e políticas da empresa.
Avaliações regulares destes controlos são normalmente realizadas através de auditorias para oferecer conhecimentos de gestão sobre os mecanismos de controlo e potenciais áreas de melhoria.
Estruturas de gestão de risco
Quando uma organização integra estruturas de gestão de risco, ela envolve;
- Identificando Riscos: Reconhecer os riscos a que a organização está exposta;
- Avaliando Riscos: Avaliar o impacto e a probabilidade desses riscos;
- Implementando estratégias de mitigação: Implementar medidas para abordar os riscos identificados.
Uma estrutura abrangente normalmente consiste em;
- Relatórios e Monitoramento: Atualizar regularmente sobre os riscos e ficar atento a quaisquer alterações;
- Governança: Estabelecer estruturas de governação para garantir que as questões de risco sejam abordadas de forma eficaz.
As estruturas oferecem uma abordagem para gerenciar riscos, alinhando a tolerância ao risco com a estratégia, melhorando a tomada de decisões sobre respostas aos riscos e minimizando contratempos e perdas operacionais.